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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Méier

O Méier é um dos mais tradicionais e importantes bairros cariocas, estando localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, no Brasil. Apresenta duas aparências urbanas distintas: uma mais agitada nas áreas próximas da rua Dias da Cruz e da estação ferroviária, e outra mais calma nas ruas mais internas. O Méier é habitado, na sua maioria, por famílias de classe média e é o décimo sétimo bairro carioca com maior IDH, de 0,931, sendo um dos mais valorizados da Zona Norte, só perdendo para o Jardim Guanabara (0,962), Maracanã (0,944) e o Grajaú (0,938)[1].Apesar do bairro praticamente não possuir favelas(há apenas uma pequena comunidade na rua Joaquim Méier), alguns de seus bairros vizinhos e próximos(Lins, Engenho Novo, Água Santa, Jacarezinho) são cercados por estas comunidades carentes, o que tem causado um aumento muito grande da violência no Méier, em especial roubo a carros, transeuntes e até residências, mas o que tem assustado mais os moradores atualmente é a alta frequência de tiroteios, oriundos de perseguições policiais ou de confrontos em favelas dos bairros vizinhos. O Méier faz divisa com os bairros do Lins de Vasconcelos, Engenho de Dentro, Cachambi, Engenho Novo e Todos os Santos. É no bairro que se localiza o primeiro shopping do Brasil, o Shopping do Méier, inaugurado em 1963.

No século XVIII o bairro era uma fazenda de cana-de-açúcar. Em 1760 houve desentendimentos entre os Jesuítas (os donos da fazenda) e a Coroa Portuguesa que os expulsou do Rio de Janeiro. A fazenda então foi dividida em três partes: Engenho Novo, Engenho Velho e São Cristóvão. Em 1884, Dom Pedro II presenteou um amigo com parte das terras. Esse amigo tinha o nome de Augusto Duque Estrada Meyer (filho do comendador Miguel João Meyer, português de origem alemã e um dos homens mais ricos da cidade, no final do século XVIII), conhecido como Camarista Meyer por ter livre acesso às Câmaras do Palácio Imperial.

Por sua causa, a região ficou conhecida como "Meyer" (pronuncia-se "Maier"), e depois de um tempo os moradores aportuguesaram para Méier. Os primeiros habitantes da região eram escravos fugidos que formaram quilombos na Serra dos Pretos-Forros.

Cortado pela Estrada de Ferro Central do Brasil, a história do Méier às vezes se confunde com a dos trens. O aniversário da sua estação ferroviária é utilizado como data de fundação do bairro: 13 de Maio de 1889. A Estrada de Ferro foi de extrema importância para o início de um acelerado progresso da região, atualmente conhecida como Grande Méier. A partir da década de 1950 o bairro explodiu demográfica e comercialmente. Em 1954 o bairro ganhou o Imperator, na ocasião a maior sala de cinema da América Latina com 2.400 lugares. Em seguida foi a vez do Shopping do Méier se instalar no bairro, o primeiro do gênero a ser inaugurado no Brasil.

Um dos grandes problemas do Méier é o trânsito. O aumento de tráfego após a implantação da Linha Amarela somado as vias de acesso que ainda mantém um dimensionamento obsoleto complicam o trânsito na região, tornando-o por vezes caótico. Quem vem do Centro enfrenta congestionamentos na avenida 24 de Maio e quem sai da Linha Amarela observa trânsito lento em ruas como Arquias Cordeiro, Borja Reis e Dias da Cruz, principalmente no horário de rush.

É um dos principais pólos comerciais da cidade e um dos bairros cariocas que mais vem se desenvolvendo. O início deste novo ciclo de progresso começou com a concretização da Linha Amarela. É possível observar o surgimento de construções de grandes condomínios e prédios de alto padrão, em maior parte nas ruas transversais à rua Dias da Cruz. A construção do Estádio João Havelange, no bairro vizinho do Engenho de Dentro, promete alavancar de vez o comércio local, que hoje apresenta sinais de recuperação após um período de decadência por conta da concorrência do Norte Shopping. Alvo de reclamação de seus moradores, as opções de lazer no bairro deixam a desejar.




Fonte: pt.wikipedia.org

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